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Camellia

Cinema | Joy

 

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O realizador David O. Russell junta pela terceira vez três nomes sonantes: Jennifer Lawrence, Bradley Cooper e Robert De Niro. Sendo o último um verdadeiro veterano da sétima arte. Contudo a estrela da história é a actriz recentemente galardoada e como Joy Mangano volta a comprovar a sua versatilidade e talento. Tenho acompanhado com alguma atenção as suas personagens e posso crer que ainda chegará mais longe.

 

A história de Joy é iniciada pelas palavras da avó que desde cedo comprovou que já em criança denotava vontade de criar e levar a todos algo notável e inovador. Na fase adulta os planos que tinha ficaram por algum tempo em stand-by, devido a circunstâncias pouco favoráveis. Divorciada com dois filhos e com uma família algo confusa, as suas escolhas não a levaram de imediato para o sucesso. Contudo, logo percebe que precisa de arregaçar as mangas e voltar às suas criações. Ainda com alguns entraves pelo caminho, passamos grande parte do tempo na expectativa e a torcer pelo momento em que a sua invenção “Miracle Mop” será finalmente reconhecida. O filme é baseado numa história real e pretende fazer uma aproximação ao universo do capitalismo americano, mas também enaltecer um caso de resiliência. Todo o contexto da personagem facilmente causa empatia e nos faz pensar no nosso próprio esforço para alcançar objectivos, planos, sonhos...tudo o que envolva cair e voltar a levantar, talvez até repetidamente.

 

De todos os filmes recentemente lançados este era dos que não queria perder, posso dizer que correspondeu às expectativas :)

 

Por aí alguém já viu?

Cinema | Perfect Sense

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Conta a história de Michael (Ewan MacGregor) um chef de cozinha sedutor e individualista e Susan (Eva Green), uma epidemiologista relutante a novas paixões. Contudo, deixam-se envolver desde o momento em que se conhecem, coincidindo com o eclodir de uma epidemia que surge sem possível explicação. O alastrar da doença desconhecida rouba, pouco a pouco, cada um dos cinco sentidos.

 

Olfacto, paladar e audição vão desvanecendo um após o outro, as capacidades que nos colocam em contacto directo com o que nos rodeia perdem-se e surge um cenário apocalíptico. Entre o caos instalado assistimos à vontade de contornar as limitações que vão surgindo e à resiliência desenvovida de modo a retomar uma rotina. Este plano que rodeia o romance dos protagonistas relaciona-se de certa forma com o universo psicológico de ambos. São personagens complexas em que se denota uma espécie de lapso emocional que pode ser compreendido pelas suas vivências.